Uma das histórias pouco comentadas da II Guerra é que a guerra já corria solta e Henry Ford continuava fazendo negócios com a Alemanha.
Henry Ford, em matéria de política, era um reacionário execrável.
Foi notória também a colaboração da Ford com a última ditadura militar na Argentina, para proteger seus interesses.
A Ford também ajudou a Operação Bandeirante, força auxiliar da repressão formada por empresários paulistas no Brasil dos anos cinzentos.
Isso em contraste com a atividade – louvável – da Fundação Ford nos campos da educação e da cultura no continente.
Mas Henry Ford ficou na história porque criou o fordismo, método revolucionário de produção em série que mudou para sempre os costumes.
E porque pagava bem os funcionários, raciocinando que de nada adiantava inundar o país de carros sem um mercado de massa para comprá-los.
Democratizou o acesso a bens antes exclusivos de uma minoria. E ficou como exemplo de racionalidade econômica a ser seguida.
No caso do Brasil dos últimos cinco anos, um pouco tarde.
@LuisFVerissimo